sábado, 11 de outubro de 2014

Uma lição para os meninos teimosos

Era uma vez uma menina muito vaidosa que gostava de andar sempre cheia de laços no cabelo e de vestidos de renda.
Vivia numa casa muito bonita com um grande jardim e um grande lago habitado por cisnes brancos.
Tudo lhe davam mas a menina era muito, muito teimosa e por muito que a mãe lhe pedisse ela não gostava de lavar os dentes.
A mãe levou-a ao dentista para que ele a convencesse a lavar os dentes mas mesmo assim a menina disse, irritada,  que nunca os lavaria. A menina desculpava-se dizendo que lavar os dentes lhe doía muito, o que é uma mentira.
Passou o tempo e um dia a menina depois de comer muitos doces, pois era o seu dia de anos, sentiu de repente uma dor muito forte na boca e foi, a correr, chorar para junto da mãe. A mãe advertiu--a que ela tinha comido muitos doces e que deveria ir lavar os dentes mas mais uma vez, muito zangada, a menina não acatou a ordem da mãe.
Nessa noite a menina não consegui dormir, sofria muito cheia de dores de dentes que são horríveis.
No dia seguinte a mãe levou-a de novo ao Dentista e quando este pediu à menina para abrir a boca ficou pasmado ao ver como os seus dentes estavam tão estragados. O Dentista perguntou-lhe quantas vezes ela lavava os dentes por dia ao que ela respondeu, a chorar com tanta dor, que nunca os tinha lavado porque não gostava de o fazer.
O Dentista começou a preparar uma injeção muito grande. Ao ver isto a menina a quase que desmaiou de medo e perguntou-lhe para que era aquilo. O Dentista explicou que era para ela, era uma anestesia, para para lhe poder tirar um dente que estava todo estragado. 
Depois de arrancar o dente o Dentista disse à menina que ela tinha de lavar os dentes todos os dias após as refeições e ao acordar porque senão todos os dentes lhe iriam cair e ela teria sempre muitas dores como daquela vez e que também iria ficar muito feia.
A menina, a chorar, olhou para o Dentista e prometeu-lhe que a partir desse dia lavaria sempre os dentes. Deu um grande abraço à mãe e pediu-lhe desculpa por ter sido tão teimosa.
A partir desse dia a menina passou a lavar os dentes como o Dentista recomendar.
Que esta história sirva de lição a todos os, meninos e graúdos, teimosos que não gostam de lavar os dentes

Celeste Marques

domingo, 21 de setembro de 2014

Sonhar, Sorrir, Amar

Sonhar
Era tudo o que eu queria.
Contigo ao sol à beira mar.
Sonhar,
Toda a noite e todo o dia.

Sorrir
Também sonhei fazê-lo,
Só contigo.
No sorriso tropecei
E hoje nem rir consigo.

Amar
Como eu amei, Santo Deus.
Fi-lo por ti e por mim.
Mas um dia os olhos teus ao amor puseram fim.
Já nada me resta agora,
Nem sonhar nem sorrir, nem tão pouco poder amar-te.

Para que quero eu o sol?
Se ele já não me aquece.
Preciso apenas sorrir
Porque assim tudo se esquece.


Celeste Marques

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Saudade

Mais um mês que passou. Já contei 14 desde que partiste. Parece que foi ontem e ao mesmo tempo a saudade é tanta que por vezes julgo não te ver à anos. Brilha para mim hoje minha estrela. :(

Saudade, sabes quem é?
Que vive apenas em mim.
Peço a Deus e com fé
Que à saudade ponha fim.

Sei que não gostas de mim
Pois, saudade, tu não sentes.
O meu amor não tem fim
Mesmo que digas - "tu mentes".

Eu sei bem que envelheci
E que estou ultrapassada.
Se fui tão pouco para ti,
Agora não valho nada.

Eu até posso aceitar
Que não me tenhas amor.
Só não me vou perdoar
Por ver em ti tanta dor.

Mas eu não queria viver
Um só momento sem ti.
Só não sei compreender
Como é que te perdi.

Será que algum dia eu fui
Para ti um grande amor?
O erro que cometi
Só me traz agora a dor.

Embora penses que não,
Tenho por ti um grande amor.
Irei perder a razão
Se persistir esta dor.

Celeste Marques

sábado, 10 de maio de 2014

Quero sonhar

Faria hoje 66 anos a Mulher mais fantástica que conheci, Ela não gostava de fazer anos, era sempre um dia muito triste para ela, o passado assim obrigava. 
Mas já não sofres mais neste dia Mãe, agora tens cá na terra quem sofra por ti. Beijos cheios de saudade





Lá fora a chuva cai.
Quando ela vem tudo é belo.
Enquanto ela vem e vai
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Eu vejo-a do meu castelo

Castelo feito de sonhos
Em cima de nuvens brancas.
Se a chuva cai são risonhas,
Mas se pára vai-se a esperança

Esperança em quê,
Se vivo de fantasia?
No amor que não se vê?
Ou na fingida alegria?

Mesmo assim quero sonhar ,
Não me tirem do castelo.
Só assim eu posso amar
E fingir que o mundo é belo

domingo, 4 de maio de 2014

O teu desprezo

Aqui fica mais um desabafo da minha Mãe. Hoje é um dia especial, é dia da Mãe, dia de todas as Mães. Um bem haja a todas elas por tudo o que fazem pelos seus rebentos. à Minha um beijo grande CHEIO de saudade.

Nada fui e nada sou,
Apenas alguém que passa.
Já me dei e ainda me dou
A alguém que me escorraça.

Mas no amor é assim,
A balança é desigual.
Nunca gostaste de mim
e sempre me viste mal.

Olhas para mim com desdém
Sem veres que isso magoa.
Tu és tudo e eu ninguém,
Eu sou nada e tu pessoa.

Um dia vais encontrar
Alguém que te trate assim.
Só então irás pensar
e ter saudades de mim.

Mas aí já cá não estou,
Já não te posso valer.
Houve outro que me encontrou
E a ti não quero ver.

Perdoa amor, sou sincera.
Amei-te outrora demais.
Vivi sempre à tua espera
Mas nós não somos iguais.

Celeste F. Marques

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Mãe

MÃE
Mãe porque me deixaste?
Onde quer que estejas diz-me porque me abandonaste, assim eu seria mais feliz. Porque é que nunca me falaste? Sempre que por ti passava, sempre a tua cara me viraste quando eu para ti olhava.
Porque nasci então? Tu não querias, mas nasci. Alguma vez  pensaste no meu coração que batia por ti? Tantas vezes me fiz de forte quando te via na rua. E quando olhava o teu porte eu sabia que era tua.
Descansa em paz minha Mãe, pois eu nunca te odiei e certamente para junto de ti irei e contigo, então, falarei. Recebe um beijo da filha que tu nunca aceitaste e que na vida andou esquecida à espera que a encontrasses.


Mais um texto da minha mãe. Este tal como todos os outros é muito especial, pois foi escrito no dia em que soube da morte da avó. A minha avó fora “aparentemente” assassinada pelo seu companheiro e a minha mãe soube da notícia, espantem-se, no jornal O Crime. Ainda hoje me lembro da sua expressão a dizer-me que aquela senhora na primeira página do jornal era a minha avó. O mais triste é que vivíamos a dois passos e elas nunca falaram desde que a minha avó a abandonou na casa de uma família. Família essa que criou a minha mãe e que eu tive como minha família também, pois só mais tarde soube da verdade. Acresce a esta estória triste que o pai da minha mãe também a abandonou, ou seja, abandonou a minha avó que por sua vez abandonou a minha mãe. Tristes vidas, tristes pessoas que provocam tanta tristeza, mágoa, raiva, desilusão, em outras pessoas que por acaso, só por acaso são do mesmo sangue, como se isso importasse para alguma coisa!!!

sábado, 12 de abril de 2014

Passaram, ontem, 365 dias que partiste. 365 longos, mas ao mesmo tempo rápidos, dias. Estranho ? Não ! Longos pelo sofrimento que se foi sentido mas rápidos pois parece que ainda ontem aqui estavas, que ainda ontem o teu sorriso e a tua força me dava força para continuar, me dava ânimo nas horas más, que me dava consolo de Mãe que ama o seu filho. Parece que ainda ontem estavas aqui para me ouvir quando mais precisava e hoje já não estás. Hoje, passado um ano, já não te tenho qui junto a mim e a quem tu mais amavas. Perdura e perdurará a lembrança, o carinho, o amor e a tristeza, embora que essa vá desvanecendo com o tempo. É mesmo assim o tempo faz milagres mas rouba recordações.
Aqui fica mai um poema escrito por ti. Beijinhos para ti onde quer que estejas e RIP.

MALDITO

Maldito seja,
O ventre de minha mãe,
E que o Céu não veja
Nem ela é nem eu, também.

Maldito o dia,
Que me viu nascer.
Não houve alegria
Nem irá haver.

Maldito o pão
Que me fez crescer.
Maldita ilusão
Que nada me deixou ver.

Maldita hora,
Que sonhei com o amor
E que me faz agora
Sentir tanta dor.

Maldita seja eu,
Pois ainda vivo.
Que culpa tive eu
Em ter nascido?

Celeste Fernandes
22 de dezembro de 2006

quarta-feira, 26 de março de 2014

A minha amiga ovelha

A minha mãe escreveu esta história,a meu pedido, para um trabalho de grupo quando estava a tirar o 12.º ano à noite. Acabei por nunca a usar (e a outras duas que mais tarde aqui publicarei) mas fica aqui registada para memória futura. Parece-me que não inventou muito, pois na realidade existe uma quinta em frente à casa onde vivia, por isso vou escrevê-la em discurso direto como se de uma conversa se tratasse, talvez mais um monólogo. Ora vamos lá


"- Em frente à minha janela existe uma quinta e nessa quinta habitam, para além de seres humanos, alguns animais. Entre estes uma ovelha muito especial, talvez só para mim, quem sabe, pois que está a ser criada para servir de alimentação a alguém.

Acompanho-a desde muito pequena e ela acompanha-me a mim, eu sinto que é assim, pois sempre que chego à minha janela ela está lá sempre como que à minha espera. Ficamos a olhar uma para a outra e existe uma certa cumplicidade e empatia entre nós.
Para mim é a mas bela, e o único ser vivo com quem posso desabafar mesmo de longe. É toda branquinha e deve ser muito fofa. O que eu gostava de a acariciar!!! O seu olhar é terno e triste ao mesmo tempo, eu tenho a certeza de que ela sabe que está ali a ser engordada para um dia ser comida em dia de festim.
Sinto uma enorme tristeza ao pensar no fim que a minha amiga irá ter, certo que será o mesmo que tanas outras da mesma espécie, mas como é só esta que eu vejo todos os dias quando abro a janela não consigo deixar de pensar no dia em que a irei deixar de ver. É um pensamento que me enche de tristeza.
Quando vou às compras e olho para as montras dos talhos nada do que vejo me seduz e sou invadida por uma tristeza imensa. Volto para casa e corro para a minha janela a fim de procurar a minha amiga e felizmente, até hoje, ela ainda lá está. Quando a vejo agradeço-lhe por continuar viva e por continuar a olhar para mim.


Fim "   

imagem retirada do site www.animaisfofos.com
Celeste Marques


domingo, 23 de fevereiro de 2014

BORBOLETA

Linda borboleta
Que no céu esvoaças,
Tua silhueta,
Quantos corações trespassas!

De mil cores vestida
Como danças bem!
Sempre divertida
E feliz também.

Vê lá!!
Quem diria? Que já foste feia.
Foste feia, um dia
Dentro de uma teia.

Mas jamais sabendo
Tudo o que sofreste,
Vão te admirando,
Porque hoje mereces.

Celeste Marques


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

DE VOLTA À REALIDADE

Mais uma época festiva que terminou. Muitos presentes foram abertos, muitos doces comidos, muitos abraços dados, muitos votos transmitidos, muitas lágrimas choradas.
Gosto do Natal, gosto das crianças e da sua alegria, contagiante, a desembrulhar os presentes. Da sua alegria a brincar com eles como se não houvesse amanhã.
Por outro lado é uma época que enche de tristeza e nostalgia. Não sei bem porquê, ou talvez sim, o que sei é que é um misto de sensações, muitas vezes, difíceis de controlar.
A minha mãe também partilhava deste turbilhão de sentimentos, com mais ou menos razões não simpatizava muito com esta época festiva.
Mais um ano que termina. 2014 chegou apara ficar durante mais um ano que veremos se bom ou mau. Para muitos pior será difícil para outros nem tanto. O que conta é que amanhã é outro dia, mais um dia de luta. Luta no emprego, em casa como a família, compósito próprio. Luta, claro, saudável, ou não conforme os casos e as cabeças. A todos os que tiverem paciência de ler estas linhas um bom dia de amanhã e claro um bom ano de 2014.
Aqui fica mais umas palavras de uma grande senhora.

"NA SOLIDÃO DO MEU QUARTO

Na solidão do meu quarto 
Sonho contigo acordada.
Está tão escuro que nem reparo
Que a meu lado não há nada.

Tão longe estás, que nem sei
Se algum dia aqui estiveste.
Eu fiz de ti o meu Rei
Mas tu nunca me quiseste.

Já nem te peço que voltes,
Pois comigo nunca estarás.
peço-te, sim, que te soltes
Pois só assim feliz serás.

Eu sei que fui a culpada
Desta tua infelicidade.
Mas de ti, juro, eu gostava
E hoje sofro de verdade.

Não quero que te sintas obrigado
A víveres sempre comigo.
Quem me dera voltar ao passado 
Para poder "correr" contigo.

Tu dizes, e com razão,
Que eras uma criança.
Quem manda no coração?
Mata-me hoje essa lembrança.

Habituei-me a estar só,
A viver com a solidão.
Também não quero o teu dó
Nem a tua compaixão.

Se morrer de solidão,
Não serei, eu, a primeira.
Está gasto meu coração,
À morte me dou por inteira.

Celeste Marques"

Bjs. cheios de saudade minha mãe.